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  • Foto do escritorCarlos Misiara

Como melhorar o relacionamento com familiares, amigos e colegas de trabalho?

A resposta principal está no desenvolvimento de nossa Inteligência Emocional, um dos temas abordados no workshop Inteligência 4.0. De uma forma simplificada, a Inteligência Emocional nos ajuda a perceber nossas emoções e as dos outros, administrando melhor nossos relacionamentos. Inteligência Emocional começou a se tornar popular com o livro do Daniel Goleman, em 1995. O modelo criado por ele e por Richard Boyatzis é amplamente usado no mundo dos negócios. Atualmente, este modelo define doze habilidades que nos dão um bom mapa para definirmos aonde focar. Três destas doze habilidades são centrais: autoconhecimento emocional, empatia, e autocontrole emocional.

É um tema relativamente novo e é cada vez mais presente na sociedade. Podemos refletir sobre a sua importância ao identificar pessoas que conhecemos (incluindo algumas próximas a nós) que possuem uma boa Inteligência Intelectual, mas têm uma baixa Inteligência Emocional, e, o consequente impacto negativo disso no mundo ao redor. Como já descrevi em outras publicações, as Inteligências são compostas por conjuntos específicos de habilidades, que necessitam de um esforço contínuo e focado para o seu desenvolvimento. O mesmo ocorre com a Inteligência Emocional.

Um caso impactante que me ajudou tremendamente a fortalecer a musculatura emocional, foi quando meus dois filhos eram adolescentes. Em geral, vivemos os desafios desta fase de vida de nossas crianças, no período de transição para as suas vidas adultas. Em um determinado momento, consegui identificar que minha forma de atuar, mais incisiva, não estava tendo o resultado esperado, e decidi fazer uma mudança.

Quis trocar o “pegar pesado” por um “pegar leve”, para as situações onde isso era possível. Na prática descobri que estas situações eram abundantes. Expliquei a minha intenção para eles, e criei um sistema de feedback onde eles me avaliariam de tempo em tempo, ou quando achassem importante. Criamos um "semáforo do pegar leve”: verde se estava realmente “pegando leve”, amarelo se meu comportamento variava, ou vermelho se estava ainda com o hábito não desejado muito presente. Isso na percepção de cada um deles.

No começo foi um processo estranho para eles, mas logo entraram no jogo e o feedback dos meus filhos (lembrando que feedback pode ser um ato de amor) foi muito útil. Como o tempo, ajudou a aumentar meu autoconhecimento emocional e empatia, ao ter as reflexões e conversas após cada avaliação, o que foi muito bom para nossa relação. Fui prestando mais atenção nas minhas emoções e isto me ajudou a controlá-las de forma mais natural. O que foi algo que começou sem muita pretensão, e dentro de casa, foi também extremamente benéfico para minha atividade profissional, pois as três habilidades tonificadas se mostraram úteis para mim e para as equipes com quem trabalhei.

Fica o convite para explorar o desenvolvimento de seu autoconhecimento emocional, como portal para o fortalecimento de sua empatia e autocontrole emocional. Duas dicas são importantes: comece com desafios menores e vá intensificando o grau de dificuldade de forma natural, e seja muito leve consigo mesmo, não se criticando ou julgando fortemente, nos momentos onde a ação não estiver de acordo com a sua intenção. Haverá sempre, posteriormente, ocasiões onde poderemos ser mais empáticos ou controlar melhor as nossas emoções.




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